Símbolo Cultural de Angola
A
cultura angolana é rica e diversificada, com manifestações diferentes em
cada região do país, seja no artesanato, na música, na dança, nas artes
plásticas ou na literatura.
No
artesanato e na escultura, destaque para as máscaras de madeira, bronze e
marfim que têm um papel importante nos rituais religiosos-culturais,
representando cenas da vida ou da morte, como a máscara Mwana-Pwo, para os
rituais da puberdade; as máscaras policromáticas de Kalelwa, usadas durante
cerimónias de circuncisão; as máscaras de Cikungu e de Cihongo, da mitologia de
Lunda-Cokwe, com destaque para o imaginário da princesa Lweji e do príncipe da
civilização Tschibinda-Ilunga.
Na
escultura, O Pensador, de origem tchokwe, é provavelmente a peça de arte
mais famosa das criações angolanas e símbolo da cultura do País. Representa a
figura de um ancião, figura que ocupa um estatuto privilegiado na sociedade
angolana: o “mais velho” representa a sabedoria, a experiência e o conhecimento
dos segredos da vida. As primeiras figuras de O Pensador foram esculpidas nas
oficinas do Museu do Dundo, ao final da década de 1940.
A
arte Ngangela, na parte oeste na província do Bié e na parte Leste da província
do Moxico, engloba a tradicional Cerâmica Lwena, com o seu riquíssimo trabalho
da olaria, fabricando potes, garrafas e outros recipientes para transporte e
resevatório de água, com cabeçaas antropomorfas, figuras humanas ou animais,
evocando provérbios, mitos e lendas. A cor dos objectos da Cerâmica Lwena é
geralmente negra e brilhante, cor conseguida através de pigmentos naturais
(vegetais e inorgânicos).
Música e Dança
O
semba é um dos estilos musicais angolanos mais populares, ao lado da Maringa,
Kabetula, Kazukuta e do Caduque. Segundo alguns pesquisadores, a origem do
semba situa-se na massemba (umbigada) e no lundu, de origem portuguesa. Dançada
a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos
totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito ao nível de
improvisação.
A
Kizomba, na língua Kimbundo, significa “festa". A expressão Kizomba, como
dança, nasceu em Angola nos anos 80 em Luanda, após as grandes influências
musicais dos Zouks.
Já
o Kuduro é a fusão da música batida, com estilos tipicamente africanos, criados
e misturados por jovens Angolanos, adaptando-se a forma de dançar que é soltar
a anca para os lados em dois tempos.
A
Rebita é um género de música e dança de salão angolano que demonstra a vaidade
dos cavalheiros e o adorno das damas. Dançada em pares em coreografias
coordenadas pelo chefe da roda, executam gestos de generosidades gesticulando a
leveza das suas damas, ao compasso da massemba.
A
Kazukuta é a dança por excelência de sapateado lento, seguido de oscilações
corporais, firmando-se o bailarino, ora no calcanhar, ora na ponta dos pés,
apoiando-se sobre uma bengala ou guarda-chuva. Os tocadores usam instrumentos
como latas, dikanzas, garrafas, arcos de barril e, para algumas variações
rítmicas, a corneta de latão e caixa corneta. Os bailarinos trajam-se de calças
listadas e casacas, cobrindo o rosto com uma máscara para melhor caricaturar
jocosamente o inimigo.
A
Kabetula é uma dança carnavalesca da região do Bengo, exibida em saracoteios
bastante rápidos seguidos de alguns saltos acrobáticos. Os bailarinos
apresentam-se vestidos de camisolas, normalmente brancas, onde trono nu.
Em
Cabinda, é imprescindível visitar o santuário onde os “Bakama” congregam-se
para vestirem as indumentárias tradicionais de folhas secas de bananeiras e as
máscaras. Ele está situado na aldeia de Tchizo - pequena povoação situada na
periferia da cidade de Cabinda - e centro do poder tradicional dos povos do
“Macongo”, “Maloango” e “Muangoyo”.
Os mais importantes ou conhecidos grupos étnicos de Angola estão dividido por zona que são no Moxico (Luena) são os Tchokwe e os Nganguela, no Namibe os Mucubais, na Huila as Mumuhuila e Kuando Kubango os Hotentotes ou bosquímanos.
Os mais importantes ou conhecidos grupos étnicos de Angola estão dividido por zona que são no Moxico (Luena) são os Tchokwe e os Nganguela, no Namibe os Mucubais, na Huila as Mumuhuila e Kuando Kubango os Hotentotes ou bosquímanos.
Símbolos
culturais angolanos estão a ser destruídos para serem substituídos por
construções que nada têm a ver com a cultura do país, a necessidade de se
continuar a preservar e valorizar os hábitos, costumes e rituais do povo.
Orientado por:
Prof. Dr. Floirán Fernández Gutiérrez
Amei ler o seu artigo, tirei algumas duvidas ja me encontro mais esclarecida
ResponderExcluirDe continuidade a este trabalho.